Resgatando a história- A construção do Vagabundo.
- Newton Ribeiro
- 18 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de dez. de 2020
Meu pai Romildo dos Santos iniciou a construção do Vagabundo em 1976, barco projetado pelo Estevinho, construído no galpão na rua Herique Pancada em Rio Grande.





Em 1977 foi para a água o "Vagabundo"!
Depois de atravessar toda a cidade, com batedores da Brigada Militar, escoltado pelo pessoal da Marinha do Brasil e muitos amigos, foi puxado pelo jeep do amigo Ademir Siqueira, também velejador. O jeep era tracionado e fez força para puxar as duas carretinhas, uma na proa e outra na popa, presas com correntes bastante fortes. Meu irmão Beto e eu vínhamos em cima do convés, com apoiadores para levantar os fios de alta tensão. Foi uma loucura, pois atrapalhamos o trânsito no centro da cidade bem no meio da tarde, da rua Comendador Henrique Pancada, passando por toda extensão da Av. Portugal, Aquidaban e Marechal Floriano até chegar ao Porto Novo.



Naquele tempo não tinha pau de carga no clube e o barco calava 1.80 metros, não tinha o que fazer, meu pai, sempre com a ajuda dos amigos, conseguiu liberação para descer o barco no Deprec (Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais), onde havia um tipo de guindaste grande. E assim ele foi para água. Dali seguimos para o iate clube a motor. O apelido do motor era magnífico.

No iate clube teve uma cervejada para os amigos, mas quem curtiu foi meu irmão pequeno, o Cristian (Kiko), que naquela época tinha uns três anos de idade e tomou todas as sobras de cerveja dos copos que ele pegava. Quando nos demos conta o baixinho estava "alegre". Que sacana!
Dias depois o mastro do Vagabundo foi levantado no pau de carga de um grande pesqueiro, tudo com muito sacrifício.


Esta matéria está registrada no livro Memórias do Estaleiro Estevan Plana Martins, e da família deste construtor naval.
Maria de Lourdes da Rocha Piragine, 2012.
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