Quando se é criança, tudo é motivo para matar aula!

Uma vez, ainda quando era criança, vínhamos eu meu irmão Roberto, meu pai Romildo e minha mãe Marlene no Tahiti, velejando de Pelotas para Rio Grande, em um domingo. Acabamos saindo tarde de Pelotas, além disso estava ameaçado tempo ruim, mas naquela época a previsão era no "olhometro". Mesmo, assim meu pai decidiu seguir, pois tinha que trabalhar na segunda feira e nós tínhamos aula.

Quando chegamos na altura do diamante já era final de tarde e o pai resolveu fundear, pois estava anoitecendo e caía muita chuva tocada a vento e raios. O pai e a mãe foram para dentro da cabine descansar, pois tinha ondas mas o barco estava bem ancorado, e eu e o Beto ficamos brincando na chuva mais um pouco enquanto o barco pulava nas ondas, nós achando maior graça. Enquanto nossos pais esperavam melhorar o tempo nós dois rezávamos que continuasse o temporal, assim poderíamos faltar a aula no dia seguinte kkk, coisa de guri, qualquer coisa para matar aula.

Para nosso azar, quando chegou próximo da meia noite, o vento acalmou a temperatura subir um pouquinho, o pai esperou mais um pouco e o vento firmou sul, em proa, então o pai nos acordou e disse "levanta pessoal vamos levantar âncora e vamos embora no motor. Fizemos uma manha danada para levantar mas não teve jeito, chegamos no clube e assim tivemos que ir em casa nos arrumar e ir para a escola.

Essa foi uma das nossas arteirices, torcer contra só para não precisar ir para aula, e ficou marcada na minha memória!

Fotos do Tahiti naquela época em que eu era guri: